tag:blogger.com,1999:blog-28423820006926453672024-03-13T16:57:34.579-03:00Solidão EstávelPenso tanto que nem sei dizer.Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.comBlogger324125tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-24166637092186992952013-10-10T23:28:00.002-03:002013-10-10T23:31:31.312-03:00I climbed a mountain and I turned around<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Seja seguro de si. Mas não muito. A gente corre o risco de estar errado e tem o direito de se arrepender. Conheço dezenas de pessoas que acham que sabem de tudo e no fundo talvez até saibam. O que elas não sabem é que são insuportáveis. Então desconheça sem medo. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Nenhum julgamento dos outros deve atingi-lo sem antes ser analisado pelo seu autoconhecimento e amor próprio. No entanto, não há verdade que você não possa suportar e nem mentira capaz de te derrubar. Você vai encontrar tantas pessoas ruins que talvez te façam pensar que você não merece tudo o que tem. Mas se você souber quem você é e de onde veio, você não precisará dar satisfações a ninguém. Então abandone o barco sem olhar para trás.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
O bom da vida é que tudo é muito amplo. Se não deu certo aqui, pode dar certo ali. Se não foi hoje, pode ser amanhã. Não viva com urgência. Cada minuto pode ser o último, mas se a gente tomar consciência disso, tudo se torna desespero. Então acho que no fundo temos que viver cada minuto como se não houvesse tempo para arrependimentos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Perdoe sempre que possível. Não é um ato de fraqueza. Mas na hora certa, você vai saber que o perdão é uma forma de escolher entre você ou o outro. E sabe qual é a escolha certa? <i>Você</i>. Escolha se amar cada vez mais, deixando o passado que machuca para trás.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Eu não tenho nenhuma conquista que não tenha passado pela marca do sofrimento. Sofrer nem sempre vale a pena, eu não viveria momentos de dor e angústia de novo. Mas inevitavelmente tudo me trouxe até aqui. O que foi bom e o que foi ruim.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Quando sofro, percebo que a minha capacidade de amar ultrapassa qualquer ira ou revolta. Foi no sofrimento que eu descobri: Meu Deus, como eu me amo! Como amo a minha família. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Essas descobertas valeram a vida toda.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tem que valer a pena para você também. Hoje você faz 18 anos, logo começa a faculdade e uma vida nova. Na faculdade eu fiz grandes amigos. Senti muita paixão, muito ódio, muito orgulho, muita paz. Mas o que mais senti foi saudade de casa. Foi saudade de você.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6HhRVsYy3Yk/UldczXvldwI/AAAAAAAAB1o/6Rn75knHY0M/s1600/ft10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="http://2.bp.blogspot.com/-6HhRVsYy3Yk/UldczXvldwI/AAAAAAAAB1o/6Rn75knHY0M/s400/ft10.jpg" width="400" /></a></div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-23508561098686023542013-05-13T12:12:00.000-03:002014-11-16T23:42:43.486-02:00A 1 dia da defesa de mestrado<div style="text-align: justify;">
As pessoas certas, a hora certa e o lugar certo. Se a pessoa é para o que nasce, o destino é infalível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho a sensação de que esse mestrado esperou por mim a vida inteira. Eu tinha que ter passado por tudo que passei e ter encontrado os amigos que fiz aqui. Eu não me imagino sem isso. É bom ter essa sensação de olhar pra trás e ver que até o que foi ruim, no fim das contas, valeu a pena. O sofrimento é um catalisador do crescimento pessoal. E eu aprendi a me perdoar de uma forma que só os Narcisos são capazes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se até o que foi ruim valeu a pena, imagina então o que foi bom! Foi muito divertido em vários momentos. Conheci pessoas muito parecidas comigo e a partir desse momento fez sentido para mim estar ali. É muito bom chegar no meu ambiente de trabalho e saber que eu posso contar com o respeito e ajuda de todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faça mestrado se você procura uma atividade que te ajude a solucionar problemas e ao mesmo tempo melhore a sua formação intelectual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faça mestrado se você quer ter entendimento de um contexto que pode ser modificado pela dedicação à pesquisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faça mestrado se você tem necessidade de mostrar pra si mesmo o quanto você pode interferir na ciência. Somos os ambiciosos pobres :)</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-6047057647443037172013-05-08T20:23:00.001-03:002013-05-08T20:28:47.348-03:00A 6 dias da defesa de mestrado<div style="text-align: justify;">
Bom,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
vou começar uma espécie de contagem regressiva até a data em que vou me tornar Mestre! Então será uma divisão de águas entre o tempo em que deixo de ser uma pessoa comum e me transformo em... uma pessoa comum com mestrado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que sou hoje uma pessoa com mais capacidade de resolver problemas. Termino o mestrado bem mais crítico sobre mim mesmo e sobre a qualidade da minha formação profissional. O sentimento predominante que tenho é de que preciso e posso crescer cada vez mais nessa área da pesquisa e do ensino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E sabe que mestrado é uma coisa que eu pensei em fazer a partir do momento em que eu descobri que isso existia? Digo, a partir do momento em que descobri que além de formado eu poderia ser mestre, doutor e blablablá, eu decidi que queria ser formado, mestre, doutor e blablablá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um presente que estou me dando. E acho que poucas vezes eu fiz isso. Tenho que me presentear mais vezes :)</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-48182699992825847022013-04-05T23:55:00.000-03:002013-04-08T01:10:15.964-03:00baby they're tumbling down<div style="text-align: justify;">
Dias atrás percebi que, a partir de um determinado instante, eu passei a gostar menos de um amigo que eu julgava que fosse muito querido. O que tem de ser, quando me dou conta, já foi. E no primeiro momento eu quis que ele sofresse e se arrependesse. Mas toda sensação de perda é resultado da falsa ideia de posse, como já pregam os budistas. Então estou no exercício de perdoar. Mais uma vez. E sabe que estou gostando dessa dor louca e despropositada do perdão que substitui o ódio e o ressentimento que faziam plantão 24 horas na minha mente. Justo eu, que não sou bom nem religioso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, não sei se por resultado do <i>gostar menos</i> citado acima eu acabei me comovendo com uma série de coisas legais que estão acontecendo comigo. A generosidade de algumas pessoas ultrapassa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ultrapassa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesses últimos 5 dias eu tive que dormir em 5 lugares diferentes: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
casa dos meus pais; </div>
<div style="text-align: justify;">
ônibus; </div>
<div style="text-align: justify;">
pousada; </div>
<div style="text-align: justify;">
casa de amigos; </div>
<div style="text-align: justify;">
casa do meu avô.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiz várias atividades e me vi com uma capacidade de execução de tarefas que eu não sabia que tinha. Que cansaço! Mas tem sido um exercício de autoconhecimento muito bom. Eu acho que amadureci. E acho que amadurecer tem a ver com a capacidade de não-amar na hora marcada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E morrer de amores nas horas vagas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, voltando pra casa do vô, foi engraçado. Estava no ônibus com uma mochila muito pesada e duas sacolas cheias de roupas. Chegou uma hora em que a coisa ficou tão lotada que tive que pedir a duas pessoas que estavam sentadas para que segurassem as minhas tralhas porque eu estava bloqueando o corredor e impedindo que as pessoas se "organizassem" no ônibus. E fomos indo. Fui ajudado com muita simpatia e pela primeira vez eu conversei com as pessoas no ônibus por aqui. Aquela conversa de comadre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe que às vezes o mundo está louco para te conhecer e você acaba deixando pra lá. Hoje tive que, mesmo que momentaneamente, pôr fim a uma timidez constante e abrir o jogo com a galera do ônibus. Eu precisava de ajuda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então eu pedi. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém tem que adivinhar nada. O negócio é ficar sorrindo aqui, ser gentil ali e aos poucos a gente vai amando, não-amando e trilhando a nossa vida. Porque eu sou assim e quero conhecer pessoas assim. A minha missão, ainda que dure uma noite e meia, vai ser de transmitir ao mundo aquilo que eu quero receber dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">P.S.: Gostaria de agradecer, ainda que em segredo, as minhas amigas Cynthia e Mariana pelo apoio que recebi nesses fatídicos 5 dias. Um beijo!</span></div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-46495775755058010852013-03-11T14:33:00.000-03:002013-03-11T14:37:05.868-03:00Evolução FDP<div style="text-align: justify;">
Em um certo
momento do dia eu fiquei tão triste que até gargalhei. Transpassei o véu das
verdades que criei e vi o que é real. E o seu não-amor por mim é algo real
neste momento de lucidez que por diversos mecanismos da fé é frequentemente
evitado. Quer saber: dá licença. Eu, com todo o meu amor possível e disponível à
espera da entrega me vejo assim, vago e antigo. Ultrapassado. Da vida não se
pode mesmo. Mesmo. Mesmo. Mesmo: esperar nada. Quando mais dramatizei e me
julguei pobre e porco de espírito, mais recompensado eu fui. Quanto mais cínico
e quanto maior o meu desdém pelo pouco que me cabia – sem merecer nem isso –
mais eu ganhei. Mas agora que estou aqui, na seção <i style="mso-bidi-font-style: normal;">duty-free</i> dos sentimentos bons e amáveis, me sinto mais puta do que
nunca. Uma vagabunda como sempre mereci ser e nunca me permiti. Eu sou uma puta
vagabunda que daria o rabo se tivesse vontade de dinheiro e de. Dar o rabo.
Daria mesmo. Porque é dando que se recebe. E, por dedução, o amor infinito de
um deus supremo me permite isso. E mesmo nessa confusão de coisas estranhas me
parece que estou por cima da carne seca. Ou seja, venci. A gente pensa que
venceu na vida só porque não matou ninguém. Apesar de toda vontade que existe.
Eu não acho a vida injusta. Acho que, inclusive, se tirarmos todo o romantismo
que existe na nossa cabeça, a gente vai ver que tudo faz muito sentido. O
macaco não desceu da árvore por acaso, aquele filho da puta. Ele queria chegar
até aqui. Aquele macaco maluco, cansado de ser quem era, decidiu que queria ser
outra coisa. Aquele macaco queria ser eu. Queria assistir <i style="mso-bidi-font-style: normal;">i-Carly</i> de manhã. Queria fazer pós-graduação. Queria viajar. Queria
apagar seus e-mails. Então se não está valendo a pena por mim, que valha pelo
macaco, pelo menos.
</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-36552130332663476282013-01-02T16:42:00.004-02:002013-01-02T16:42:56.349-02:00Balanço de 2012<div style="text-align: justify;">
O melhor livro que li: Bilhões e Bilhões, Carl Sagan (não-ficção); O Primo Basílio, Eça de Queirós (romance).</div>
<div style="text-align: justify;">
Um filme que revi: Pequena Miss Sunshine. Não me lembro de nenhum filme recente que tenha me chamado muito a atenção. Talvez Histórias Cruzadas ou Intocáveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma música: Beautiful Lie, Yoav.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um feriado: o Natal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi o ano em que eu mais viajei! Brasília, Rio de Janeiro, Búzios, São Paulo, Poços de Caldas, Mococa, Rondonópolis, Naviraí, Maringá, Ubatuba, São José dos Campos, São Pedro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ano de muita pesquisa e de muita surpresa. Não tenho do que reclamar quanto às minhas realizações acadêmicas. Mas reclamo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, foi um ano em que me senti muito sozinho, em virtude do meu trabalho, mas que também me rendeu boas risadas e ótimos amigos. Acho que conheci bastante gente nova, gente importante pra mim, pelo tempo que durar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ano começa bem incerto. Mas de uma forma boa, creio eu. Um abraço!</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-13184794112653108302012-11-06T01:30:00.000-02:002012-11-06T01:37:19.945-02:00me guarda, me governa<div style="text-align: justify;">
Deus, há algum tempo eu entreguei em suas mãos a resolução de problemas sobre os quais eu não tenho mais controle. Simplesmente eu juntei tudo numa trouxa, enrolei e te entreguei. Se você vai aceitá-los ou não, eu não sei. Mas vou receber com humildade aquilo que vier. É que tenho pedido tanto. E você tem me ajudado tanto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu lembro que quando era criança, sempre rezava antes de dormir a oração do Santo Anjo. Era mais por precaução do que por angústia. Acho que no fim o que mais me marcou nos últimos tempos foi a sabedoria nos momentos de sofrimento. De não oferecer resistência a tudo. E isso tem me deixado muito tranquilo. Então quero que você apenas me guarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esses últimos dois anos de mestrado foram incríveis. Eu fui de um extremo ao outro da minha paciência e do meu amor pelo meu trabalho. Então eu descobri que nunca devo estar no extremo de nada, que a falta de equilíbrio pode trazer preocupações desnecessárias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se isso tiver fim por aqui mesmo, eu vou aceitar. Acho que no fundo eu já aceitei. Agora só me falta permitir que as coisas aconteçam. E acho que eu já permiti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teve um aniversário em que eu não pude ganhar um presente que eu queria. Eu me senti triste até o dia em que eu realmente soube que não adiantava muito continuar esperando. Eu devia ter 7 ou 8 anos. Foi quando eu vi que a vida pode ser mesmo muito chata às vezes. E às vezes não. Depois de algum tempo, quando eu nem esperava tanto, eu acabei ganhando o presente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, numa visão mais adulta, vejo que o que eu tenho qualquer um pode ter. Inclusive pessoas que eu acho desprezíveis. Então tenho que preservar e melhorar aquilo que eu sou. E fazer disso um experimento.</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-4760677349683765562012-11-04T04:32:00.002-02:002012-11-14T01:34:34.732-02:00It smells like... marijuana?<div style="text-align: justify;">
For people like me, and I believe there are in the world two or three
people like me, even if they are dead or arrested, daylight saving time
(DST) is good for only one reason: walk at the timeless sunset.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
I was at home with nothing to do. Actually, I had billions of uninteresting things to do, but I was unwilling to do.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
So I decided to enjoy the end of the day (once in DST it lasts about
24 hours - ok, maybe 1 or 2 hours longer than usual) to run a little.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
There is a square near my house, which belongs to the local
university. It's a nice and wooded place. People walk with children and
dogs on leashes. But not all children use leashes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
It was almost 7 pm when I got there. Two laps walking, two laps
running, until my body reach the limit. No iPod, no cell phone, no
watch. My only concern was the continuing and deep breathing, an
inheritance of the few yoga classes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
But spending all this time just breathing made me reflect a lot.
First, what is my physical limit? I thought I could walk until I
fainted, but I gave up the idea because I was already hungry and I could
not wait who-knows-how-long to wake up and eat again. Am I using proper
T-shoes or even a nun would be better dressed than me to walk 8 km?
Perhaps the time to stop is when scissors and needles seem to be
fighting in my right kidney (I guess we have two kidneys, right?). The
major point is that my body does not seem to know how to say no. It's
the kind of body that even when it has multiple organ failure, yet not
say no.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
So, much as I thought and breathed the only available air in the
square, which was not exactly great, but I really needed it because I'm
not accustomed to running daily, the smell of grass and rain was
substituted by a smell of... marijuana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Oh yes, this is the right time to stop running and go home.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
There is a quote, credited to Einstein, that says: Life is like riding a bicycle. To keep your balance you must keep moving.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
I would say that life is really like riding a bicycle. To not feel tired, you have to stop for a moment and rest.</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-7548996174356713142012-10-10T23:43:00.000-03:002012-10-31T23:46:37.388-02:00can't make me love you less<div style="text-align: justify;">
Você sempre será um grande presente para mim. Diariamente. Todos os momentos que passo com você são muito bons. Acho que viveria tudo de novo. Você é o irmão que eu tanto esperei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De acordo com alguns estudos, a morte do planeta vai acontecer em 4 ou 5 bilhões de anos, devido às limitações, por assim dizer, do sistema solar em manter o planeta apto para a vida. Talvez acabe muito antes. Fico pensando na última geração a viver na Terra. O quanto ela se importaria com carros, casas e poder? Como seria viver em um planeta tão limitado de recursos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas acho que é muito descaso da minha parte pensar na última geração da Terra, enquanto eu só tenho uma vida. E você também. Quero que nessa vida você seja feliz e tranquilo. E que encontre o seu próprio caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que a tentativa mais fatal do amor é tentar livrar o outro de todo mal e querer arcar com todas as consequências. Só que o amor de verdade faz essa tentativa falhar, porque às vezes o sofrimento é necessário para o crescimento. A gente precisa trilhar o caminho da dor por alguns momentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu me lembro das vezes em que fui te levar na escola. E me lembro de estar preocupado porque você teria uma provinha de leitura. Você era tão novinho, então eu tive medo. Quem diria que era só o começo. Mas você se saiu muito bem. E quem diria... que era só o começo, mais uma vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Feliz aniversário!!</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-63577341487806532652012-09-30T21:39:00.001-03:002012-11-01T21:24:08.342-02:00A rede social do futuro<div style="text-align: justify;">
Acho que hoje foi o primeiro dia deste mês em que pude ficar um pouco sozinho. E na sombra da solidão repousam os perigos. De pensar demais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranho que estava procurando sobre o futuro das redes sociais e acho que eu sei a resposta. Ao meu ver, a rede social que vai durar é aquela em que eu possa selecionar tudo o que quero ver, que seja exatamente como eu penso, com amigos por perto e inimigos imaginários. Sobre trabalho, esportes, filmes, séries e livros. Sobre tudo o que tenho interesse. Sobre minhas vaidades. Acho que as redes virtuais da atualidade são um experimento para o que está por vir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez o futuro das redes sociais seja justamente a vida real. Talvez um dia eu esteja realmente pronto, vaidoso e sincero para dizer pessoalmente a você tudo o que tenho dito aqui.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os profissionais da tecnologia, com muita competência, apostam nas redes sociais acessíveis de qualquer lugar, principalmente nos dispositivos móveis. Apostam em aplicativos objetivos, que se baseiam em fotos e em textos muito curtos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que acho que os novos dispositivos devem ser cuidadosos para não se tornarem chatos e perseguidores, como se tornou o <i>telemarketing</i>, por exemplo, que pode te achar em qualquer lugar, que é invasivo e insistente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo, acho que as redes virtuais sempre se deixam corromper. São lotadas de publicidade, utilizam suas informações (confidenciais ou não), te direcionam para o que interessa somente a elas. São falhas, nesse sentido, porque nos fornece algo que nem sempre queremos. E o que deveria ser um refúgio, passa a ser tão real que até cansa. Porque monitorar uma vida extra com responsabilidade não é algo para os mortais. Queremos uma vidinha virtual simples de usar, sem complicações.<br />
<br />
E, por fim, acho que na rede social do futuro, existirão óculos que vão te impedir de ver no mercado as pessoas que você bloqueou. </div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-53067587694823862892012-09-30T21:35:00.000-03:002012-09-30T21:35:01.839-03:005 coisas que eu não sabia<div style="text-align: justify;">
1 - Batman não tem superpoderes, mas é muito rico. Eu jurava que ele voava. Mas a metáfora é boa porque dinheiro é algo que pode mudar o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2 - O consumo de água subterrânea, <i>i.e.</i> aquífero Guarani, aumenta o nível dos oceanos. Bom, é uma questão de logística <a href="http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1147/exploracao_de_aguas_subterraneas_pode_aumentar_o_nivel_do_mar/">*</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3 - Marechal Rondon e Roosevelt fizeram uma grande expedição juntos, próximo à região em que fui criado. Inclusive, Roosevelt se feriu gravemente durante a expedição e só não morreu por aquelas bandas porque Marechal Rondon não o abandonou, mesmo sendo essa a vontade do ex-presidente americano <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_Roosevelt#Anos_seguintes_e_morte">*</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4 - Se a evolução da Terra fosse compactada em 24 hs, desde a origem do universo até os dias de hoje, a história humana se iniciaria às 23:59:57 <a href="http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/967569-professor-explica-evolucao-da-terra-como-relogio-de-24-horas.shtml">*</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
5 - Cleópatra morreu picada por uma cobra. Mas foi suicídio.</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-9666612770455257352012-09-01T18:20:00.002-03:002012-09-01T18:26:41.067-03:00Mas... a change is gonna come!<div style="text-align: justify;">
Quero me desafogar um pouco dessa piscina imensa que sou eu. Entende? Eu estou em todos os lugares que vou e sou todas as pessoas que encontro. É que tem uma parte de mim que está se comportando como um todo. E isso sufoca, limita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há tanto tempo não chove e há tempos eu não penso em nada além de mim. Acabou o assunto, por enquanto - enquanto esse assunto for eu. Algumas atividades profissionais exigiram que eu ficasse sozinho por muito tempo e é aí que repousa o perigo. O perigo de ter uma vida chata, assumidamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... a change is gonna come!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou viajar, rever alguns amigos e, quem sabe, desafogar de mim. Talvez seja pretensão demais esperar que eu encontre em outras pessoas o remédio para mim. Não que eles não sejam capazes de sê-lo - muito pelo contrário - mas não tenho o direito de criar expectativas sobre os outros quando, na verdade, eu continuo estagnado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu fico pensando às vezes que se eu pudesse voltar ao passado eu teria feito tanta coisa diferente. É como se eu esquecesse que ainda há muito tempo pela frente. E justamente hoje na universidade eu fui surpreendido por uma multidão de adolescentes que veio participar do projeto Unicamp Portas Abertas, um programa que apresenta os cursos da universidade para alunos do ensino médio. E na porta do meu laboratório estavam algumas meninas e uma delas me perguntou se eu era engenheiro químico. Eu disse "Sim". E ela disse "Formado?". E eu disse "Sim". Uma pena eu não ter dito mais nada, porque eu já estive lá, onde ela está, com as dúvidas dela. Com a admiração dela. Como eu pude me esquecer? Como pude ser mesquinha? Mas me deixei levar pela pressa do trabalho e por esse sentimento de urgência que tenho comigo quase sempre e que também quase sempre não se justifica. Mas onde você estiver agora, minha futura colega de trabalho, eu espero que você receba a bondade do meu coração e a minha torcida pelo seu sucesso, que já é certo. E que não seja como eu, um engenheiro tolo e individualista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os meus erros, na verdade, são vícios. Eu sempre caio no erro de ser o que não quero ser, mesmo sabendo que não posso ser diferente disso. Sabe? É falta de aceitação. Se eu me aceitasse como fracassado e idiota que sou, já resolveria muita coisa. Mas não, imagina? Sou super descolado e mente aberta, bacanão. Na minha cabeça, é claro. Porque na realidade eu sou um ser humano tão ordinário que criei um imagem falsa de mim mesmo até nos recantos do meu psicológico onde posso ser sincero ao extremo. E tento vivê-la. Só que essa imagem... ela nem é tão boa. Se fosse pra inventar, que inventasse coisa melhor então. Até a minha criatividade é limitada demais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo Platão com seu Mito da Caverna já desvendou isso. Há quantos anos? Séculos e séculos atrás. E eu aqui, vendo sombras na parede sem saber ao certo o que são de verdade.</div>
Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-84902764115950524702012-07-13T00:08:00.001-03:002012-07-13T00:13:00.357-03:00Vai acabar alguém passando a mão<div style="text-align: justify;">
Eu estava na CIRCOlar, onde tudo de bom acontece, só que ao contrário. E estava bombando de gente bonita e interessante, só que do lado de fora. E sentado a minha frente, estava um casal super apaixonado. Eles se beliscavam, se beijavam no rosto, se abraçavam e sorriam sem parar. O ônibus continuou a encher de gente e o casal naquele maior <i>"amor"</i> inocente. E ele fazia cócegas e ela morria de rir. Dava até gosto de ver a felicidade dos dois. Gosto ruim, é claro. É que estava irritando mesmo aquela meiguice toda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E agora eu preciso me preparar para falar o que aconteceu. É que foi um babado forte. Não sei se posso contar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas vou contar, porque a vida é isso mesmo: é uma matéria de capa da <i>Tititi.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O casal ria e ria e ria. E se abraçava, se abraçava, se abraçava. E aquela folia toda no coletivo, quando de repente uma voz abafada de um outro passageiro veio do fundo do ônibus:</div>
<div style="text-align: justify;">
<i> </i></div>
<div style="text-align: justify;">
- PEGA LOGO NAS <i>TETA </i>DELA, CARALHO!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensa bem! O mundo parece que parou pra gente curtir aquele momento! Daí eu não aguentei, gente e soltei uma gargalhada. Porque eu gosto mesmo da coisa mal feita. Eu gosto de uma confusão. E todo mundo curtiu a dica do anônimo, menos o casal. E naquela confusão de gente, não deu pra saber quem foi o autor da frase. Só que o babado foi tão forte, que o casal desceu no ponto mais próximo de onde estávamos. Desceu o menino, a menina e, claro, as tetas intocadas.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-41798302167902131312012-06-26T00:02:00.000-03:002012-06-26T00:17:12.062-03:00Paraíso Artificial<div style="text-align: justify;">
Eu me deito nesta grama em que tantos cachorros já passaram e mijaram. Então eu abro os olhos e só vejo o céu. O céu que me espera no dia em que, de tão fodido, eu vou acabar morrendo. Volto a fechar os olhos e me lembro de você. E também me lembro de alguém que não era você, mas que eu pensei que fosse e fiquei feliz naquela confusão toda. Aquilo foi um paraíso artificial, mas só hoje eu vejo. Eu passei em frente à farmácia e te vi ali, atendendo. Só que não podia ser você. Você morava em outro estado. Fui correndo pra casa e contei pra tia que tinha visto uma mulher igualzinha a você, só que não era porque não podia ser. Eu era criança, mas eu era bobo. Eu era criança, mas era eu mesmo, pela última vez. Passava todos os dias em frente à farmácia com o olhar voltado para a atendente. Na ida e na volta da escola. Escola de informática. Porque fazer computação era algo foda naquele tempo. Eu esperei tanto. Na verdade, eu morri de esperança naquele meu coração de criança que mal cabia todo mundo. Até o dia em que você veio me visitar, mãe, e eu te levei lá, em frente à farmácia, e te mostrei a moça que era igual a você, só que não era você porque não podia ser. E você olhou meio assim, como alguém que não podia discordar, porque sabia da minha felicidade. E disse que sim. Disse que parecia. Eu morri por dentro. Morri de felicidade porque pude te mostrar uma coisa legal, uma coisa de amigo. Eu te fiz a minha maior surpresa. Porque aquela felicidade toda era muito para mim. E a parte que não me cabia eu entreguei a quem eu confiava.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-25323962671579825962012-06-03T22:48:00.001-03:002012-06-26T00:14:38.413-03:00Time after time<div style="text-align: justify;">
Porque hoje eu acordei com vontade de dizer adeus aos meus arrependimentos. Viver sem esse regresso aos tempos de treva. E mais do que isso: vou aceitar a minha saudade do que foi bom, também. Fechar os meus olhos e respirar o presente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou tentar ser mais talentoso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meditar mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E abraçar mais a vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tentar ser voluntário.</div>
<div style="text-align: justify;">
Reclamar menos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E ver o mar, assim que eu terminar o meu tratamento dentário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigado Deus, por tudo mesmo. Por ter me amparado, por ter me dado uns puxões de orelha também. Eu quero me tornar um ser humano maior e verdadeiramente espiritual. Encontrar a felicidade suprema. Porque eu ainda não a achei e tenho coragem de assumir. Sei que posso ser mais feliz e mais pleno. Deus, me ajude a lidar com o dinheiro ou a sua falta, com o tempo e com a minha inveja. Eu não quero ter medo. Eu não quero ser tão racional.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu quero vencer, porque eu acho que ainda não consegui provar nada pra mim. Faça-me menos criterioso. Ou me guie para a vitória sem fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque eu preciso da mudança e surpreendentemente amanhã eu vou procurar por um pedaço de mim na aula de yoga, que eu nunca vou às segundas porque é muito cedo e eu tenho preguiça.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-903841350016167702012-05-13T01:00:00.000-03:002012-05-13T01:00:00.441-03:00A direcionalidade da natureza e o dia das mães<div style="text-align: justify;">
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</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Saber
converter meus erros em sabedoria. É isso que eu quero. E já errei tanto que
até sinto um aperto no peito. Eu poderia ter sido um amigo melhor para você,
mãe. E parece que nada do que eu faço repara todos os meus arrependimentos e
desapegos. Mas eu tenho tentado, do fundo do meu coração, não ter um amor tão
preguiçoso e exigente. E vou conseguindo aos poucos ser aquilo que eu sonhei
pra você, mesmo sem saber se eu tenho esse direito. Penso em você a cada fração
de segundo. E acho que você pensa em mim também, mas não sei quais lembranças você
gosta mais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Eu me
lembro de quando estava na primeira série e tive que fazer um cartão pro dia
das mães. Tive que pegar uma foto, escondido, pra recortar e colar no cartão.
Escrevi uma mensagem com a ajuda da professora, que também fez o acabamento do
presentinho. Ficou muito bonito, azul e com brilho. E eu mal podia me conter no
caminho de volta pra casa, só pra poder revelar o segredo e te entregar o meu
presente, que era o melhor do mundo. Você ficou tão feliz quando recebeu que eu
me lembro até hoje do seu rosto naquele momento e do quanto você me abraçou. E
essa é uma das lembranças que tenho quando fecho meus olhos e procuro por algo
bom dentro de mim. O cartão existe até hoje. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Só que meu
egoísmo e a minha maldade fizeram com que eu perdesse muito do melhor de nós.
Acho que eu não vivi ao máximo o momento em que estávamos sempre juntos. Mas eu
sei que eles foram fantásticos e que eu gostaria de viver tudo de novo, mesmo
quando as coisas não iam bem. Porque tudo foi importante pra mim, por mais que
a minha compreensão seja maior hoje em dia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Eu lembro
também de vezes em que você não teve paciência e me julgou mal, disse e fez
coisas que eu não gostei. Mas eu te perdoo da forma mais sincera que se é
possível, pelo menos aqui na Terra. Cegamente. Acho inclusive que, se tudo isso
não tivesse acontecido, eu jamais saberia o que é perdoar e me iludiria muito
com a noção distorcida de perdão que existe nos dias de hoje. E você me perdoou
muitas vezes também, por coisas muito piores que fiz com seus filhos, seus
pais, seus irmãos, seu marido... Por desrespeito, por falta de educação e pelas
vezes em que fui muito cruel com minhas palavras e atitudes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">E acho que
você me preparou para o mundo e arcou com a dívida de me educar. Você já
provou, pelo menos pra mim, de que você fez o que foi possível e abriu mão de
muitos dos seus sonhos para que todos nós fôssemos felizes. O tempo passou e a
gente conseguiu curar muita coisa e eu sei que sempre posso te amar mais do que
penso ser capaz. E é isso que tento viver. Essa é uma das poucas certezas que tenho:
eu te amo muito. O resto todo vai passar. Menos isso.</span></div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-56981277650225461532012-04-28T02:14:00.002-03:002012-04-28T02:22:22.160-03:00337 - HC/TBG<div style="text-align: justify;">
A conversa do motorista com a cobradora estava tão boa que até me deu uma dó de descer do ônibus. Queria ouvir mais um pouquinho. É interessante saber que algumas pessoas do nosso cotidiano são inteligentes. Eles falavam sobre a criação dos filhos e o motorista desabafou: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Se fosse hoje, eu não ia ter mais filho não! Dá muito trabalho. Eu gosto muito de criança, mas dos outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre outras coisas, é claro. Achei de uma sinceridade tremenda, coisa que a gente não vê por aí. Ele tem 3 filhos, o mais novo ou, como ele disse, o "caçulinha" tem 19 anos, e é o único que ainda não se casou. A cobradora tem um filho de 14 anos e segundo ela filhos bem educados provêm de famílias bem educadas e tudo é uma questão de dar limites às crianças. O motorista disse que certo dia estava conversando com a cunhada um assunto interessante, um assunto importante, e o sobrinho dele começou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Ô mãe, ô mãe , ô mãe, ô mãe, ô mãe, ô mãe, ô mãe, ô mãe, ô mãe....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E disse que não gosta de judiar, mas deu vontade de dar uns tapas. E dá mesmo. Quem convive com criança sabe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, hoje entraram no ônibus 3 jovens, talvez irmãos ou primos, e eles sentaram em bancos diferentes. Quer dizer, você prefere sentar sozinho ou com um desconhecido do que ir junto com um parente seu. Achei falta de amor ou, pelo menos, de cumplicidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então eu me lembrei de tudo: da minha mãe e do tempo que ela passou aqui comigo e mesmo com o ônibus vazio a gente sempre sentava junto. E das vezes em que levei uns tapas. E das vezes em que não levei porque eu corri. E de como a solidão é algo opcional por parte de algumas pessoas. Como é difícil manter uma família. Quanto se tem que abrir mão. Quanto se perde. E como tudo acontece ao nosso redor!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E acho que a minha percepção de amor é algo que sempre se renova. É a única coisa que eu aprendo um pouco a cada dia. E a cobradora disse para o motorista:<br />
<br />
- Agora que seus filhos cresceram, você pode descansar.<br />
<br />
Pois é, espero que sim. Porque amar, criar, educar e ainda ser pai e motorista deve cansar demais mesmo. </div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-8011814467117188122012-04-22T22:19:00.001-03:002012-04-22T22:20:21.709-03:00A vida é curta demais para...<div style="text-align: justify;">
Eu tenho uma dificuldade muito grande em me perdoar. Acho que isso compromete um pouco a minha felicidade. Então, assistindo a uma série, eu vi uma terapia muito boa para saber que tudo valeu a pena: Feche os olhos e pense no momento da sua vida em que você foi mais feliz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então eu fiz.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-25473176395159191982012-03-26T02:33:00.000-03:002012-03-26T02:40:38.293-03:00Eu vou estar<div style="color: black; text-align: justify;">
Eu vi na tv um filme muito bonito, chamado <a href="http://www.imdb.com/title/tt0396555/">Meet the Robinsons</a>, e no final aparece uma frase do Walt Disney, que traduzida livremente diz: <i>Aqui, no entanto, nós não olhamos para trás por muito tempo. Nós continuamos seguindo em frente, abrindo novas portas e fazendo coisas novas. Porque somos curiosos… e a curiosidade continua nos conduzindo por novos caminhos. Siga em frente.</i><br />
<br />
Eu simplesmente amo ser dono de algumas lembranças. Sou muito grato por ter vivido certos momentos. Estava conversando com uma amiga hoje e, ao mostrar uma foto de um encontro nosso, só para lembrar a data de quando nos vimos foi um turbilhão de associações: antes de 2009... talvez em 2008... depois da festa da tequila com os amigos da graduação, o que me rendeu um camarote de brinde, porque fui um dos que mais venderam convites.<br />
<br />
<i>Pausa: eu fui um dos que mais venderam convites para uma balada? Meu Deus, até isso. E eu nem gosto de balada. Isso poderia ser enquadrado na categoria de milagre, não fosse pela tequila e pela música de gosto duvidoso.</i><br />
<br />
Voltando: tiramos a foto depois da festa da tequila, antes do festival japonês, depois da viagem dela para Salvador, antes do fim do ano, depois do meio do ano... e por aí vai: deve ter sido em outubro de 2008.<br />
<br />
E o que foi mais estranho foi pensar que, meu Deus: eu existi. O mundo girou e eu estava lá, provando a gravidade. Não levitei, não fui enterrado. Aproveitei o momento e fui ver outras fotos, outros recados, outras pessoas. Tudo absolutamente especial, da sua maneira. Tudo na memória.<br />
<br />
Eu não quero esquecer nunca mais!!!<br />
<br />
Mas por outro lado a vida tem exigido que eu prossiga. Que eu liberte o meu coração de correntes antigas. Que eu vença, brilhe, supere. Que eu possa amar de novo, viver tudo de novo. E me libertar de novo. Não posso esquecer o amor que recebi, mas não posso me limitar a ele. Há muito mais esperando por mim. E mais do que isso: no futuro me esperam. Eu preciso chegar forte, determinado e feliz para o encontro comigo mesmo. Tenho que preparar o terreno e seguir pelo rumo certo para que daqui um tempo eu possa ser como eu sempre sonhei. Eu preciso de sonhos pra mim. <i>Go ahead!</i> Preciso perder, ganhar e ganhar. Engordar, emagrecer, emagrecer. Aprender. Sair da inércia. Ensinar pessoas. Aprender mais uma vez. Ser. Lembrar. E não esquecer.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RhvzWol8ap0/T3ABSCwq30I/AAAAAAAABsk/gqPHMsQ8vr0/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-RhvzWol8ap0/T3ABSCwq30I/AAAAAAAABsk/gqPHMsQ8vr0/s320/blog.jpg" width="320" /></a></div>
</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-8897449734134119902012-03-09T16:27:00.000-03:002012-03-09T16:30:24.814-03:00Sobre telefones sem fio e redes sociais<div style="text-align: justify;">
Vi hoje no jornal que, mesmo se a populacão de Campinas dobrasse do dia para a noite, ainda assim teríamos mais celulares do que gente aqui na cidade. As pessoas têm celular para quê? Para falar, provavelmente? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por que as pessoas não tem celular para ouvir? Algumas os têm para afirmar: olha, posso até falar com você de vez em quando, mas não apareça na minha frente, por favor, não quero te ver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acho que a sociedade passa por um momento engraçado e triste ao mesmo tempo que é a era da solidão. Só que mais do que isso. É um tempo em que é feio ser sozinho. É anormal, é ridículo, é motivo de pena. Então a exposição, a falta de discrição e a vida superfantástica (amigo que bom estar contigo no nosso balão!) são elementos que não podem faltar nas conversas, nas redes sociais, na ideia que os outros têm da gente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sou uma pessoa sozinha, às vezes solitária, mas sabe, eu acho isso normal. E dou graças a Deus às vezes. Tenho uma vida que segue uma rotina meio monótona, por vezes crio situações novas, saio um pouco, fico em casa - mas faço o que é necessário e o que me traz conforto, quando possível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E acho que ao ver o quanto as pessoas falam ao celular por horas e horas e horas ou expõe a todo custo o quanto elas estão se divertindo e rindo e transando e curtindo a vida numa boa eu percebo que sou alguém que preza mais pelo autoconhecimento. O que de fato é uma coisa mesquinha: querer conhecer e gostar mais de si mesmo do que dos outros. E, poxa vida, parece que só eu e mais 3 pessoas pensam assim, em meio a tanta badalação, holofotes e capas de revistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu queria penetrar na alma de algumas pessoas para saber o que elas realmente fazem para si mesmas. Eu queria penetrar na minha alma para saber a mesma coisa também. No fundo, eu sei. Mas é humilhante você reconhecer que algumas atitudes e decisões foram tomadas apenas para servir ao pensamento dos outros. É surreal. É bizarro, como diria uma juventude que já passou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E lembra que antigamente telefone sem fio era aquela brincadeira em que todos formavam uma fila e tinham que fazer uma mensagem dita ao pé do ouvido passar de pessoa por pessoa e chegar intacta até o último jogador? Era legal, ficava todo mundo pertinho.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-6391358202930204632012-03-03T01:38:00.000-03:002012-03-03T01:40:54.878-03:00Andar<span class="st">"<i>Life is like riding a bicycle</i>. In order to keep your balance you must keep moving .<wbr></wbr>" </span><br />
<br />
<span class="st">Hoje me assustei porque eu sou muito feliz. Um susto, mesmo. Estranho me ver diante do maior amor do mundo. Parece que me deparo com um gigante que poderia me despedaçar e, ao invés disso, ele me estende a mão e me leva às alturas. Coloca-me sobre seus ombros e me faz ver algo que sozinho eu jamais perceberia. Não me ignora. Apenas me faz companhia.</span><br />
<br />
<span class="st">Essa sensação de estar sendo abraçado eternamente me faz tão... grato.</span><br />
<span class="st">Quero agradecer pra sempre.</span>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-51079680363214571612012-01-29T15:46:00.003-02:002012-01-29T16:08:11.695-02:00Sobre enciclopédias de papel (parte 1)<div style="text-align: justify;">
Quando eu estava na quinta série, a minha mãe comprou uma série daquelas enciclopédias que vem com no mínimo 951583156416254 volumes. A nossa, por mera exceção, tinha 11 - 10 volumes indexados de A a Z, indicando a inicial do tema que o leitor desejava pesquisar e um volume que era uma espécie de guia do usuário, para que pessoas sem-noção não começassem sequencialmente a sua busca pela palavra "Zoológico" pelo volume 1, o da letra A. E uma enciclopédia sexual veio de brinde. E é sobre ela que vamos falar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mentira. Só quis prender a atenção do leitor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A questão é que desde a quinta série, ou seja... (processando, processando, processando, cálculos concluídos porém com uma margem de erro grande!) em quase 13 anos, eu usei aquele monte de livros (processando, processando, processando, cálculos concluídos porém com uma margem de erro grande!) duas vezes, efetivamente. Mas tive algumas tentativas frustradas, por exemplo: precisava fazer um trabalho sobre um dos cinco sentidos (gente, são cinco mesmo? esqueci!). Estava na sétima série. O meu tema era "Paladar". Fui na enciclopédia e não achei. Claro que não, porque eu deveria ter pesquisado por "Gustição"! Gustição, como assim? Só fui saber o que era "gustição" porque a enciclopédia era culta - e eu não. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, mesmo com essa confusão, ainda tive tempo de fazer o trabalho usando a enciclopédia prolixa. E era em grupo ainda. Odiava trabalho em grupo naquela época: gente esquisita atrai gente estranha. Se o circo passasse pela cidade, capturava a minha equipe. E sabe como é trabalho em grupo de ensino fundamental: hoje um digita no google, o outro clica um terceiro imprime e um quarto coloca o nome dos 20 integrantes na capa. Mas na época não era assim. No caso, eu pesquisei, um maluco trouxe o papel almaço e uma doida transcreveu o artigo da enciclopédia. Só que tinha um pequeno problema:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela era meio semianalfabeta. Sim, <i>meio semianalfabeta</i>. Acho que até hoje em dia a coisa está assim. Só que isso era normal. Não estou sendo muito preconceituoso, só estou descrevendo o mundo como o vejo sem levar em consideração outras pessoas. Isso não é ser preconceituoso, é?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuando: Quando eu vi o nosso trabalho, eu quis morrer. Calma gente (mais uma vez). Eu já quis morrer em outras situações. E nem tenho tendências suicidas, mas quem vive quer morrer em pelo menos 4659436212 situações.<br />
<br />
A questão era que o trabalho estava cheio de erros de grafia. Eu lembro que eu tive que corrigir às pressas o que eu sabia que estava errado - colocava as palavras em parênteses e escrevia por cima, porque se eu usasse corretivo não seria um trabalho em papel e sim uma placa de gesso. Fiz o que pude. Eu lembro que eram tantos erros, que eu desisti antes do fim. Calma gente (novamente, de novo). É normal desistir antes do fim. E se você acha que não, me diz então: Quantas medalhas olímpicas você tem?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas este assunto é muito sério. Naquela época, coisa de uma década atrás, o material de apoio estava ultrapassado e os alunos não conseguiam visualizar o quanto erros desta natureza definem a sua condição de cidadão. E que isso é um indício forte de que uma boa oportunidade (som dos tambores! expectativa!) não vai surgir. Pareço um pouco <i>professor de filosofia frustrado e desqualificado</i> ao falar isso, mas não tenho classe pra formalizar o que penso sobre o assunto, então falo dessa maneira sobrenatural que vocês estão vendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das coisas que mais me orgulho - me desculpem a falta de modéstia, ainda mais sobre algo tão sem brilho - é da minha escrita, mesmo que haja erros em alguns momentos. Mas acho que são poucos. É tão bonito escrever bem. "Escrever direitinho", como eu diria se fosse professor primário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Numa situação, alguns anos depois, eu saí com alguns amigos e encontrei essa pessoa que escreveu o trabalho todo errado. E ela trabalhava como garçonete em uma padaria. A gente conversou brevemente e, sabe, eu não me senti muito bem. Pode parecer arrogância, prepotência ou superego. E corre o risco de ser tudo isso mesmo. Eu estava na faculdade, muito bem, muito feliz, de férias e ela estava ali, numa situação um tanto estagnada. Faltou maturidade para mim, poderia ter feito algumas perguntas, ser mais sociável, até porque convivo com muitas pessoas simples. Mas "o que passou, passou" - como diz aquela música de axé.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que eu não queria estar no lugar dela. E não queria estar no meu também. Estranho como o estudo te liberta de algumas coisas ruins e te prende a outras.</div>
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Às vezes confundo problemas com soluções.</div>
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A gente costuma falar que o problema do Brasil é a educação. Mas o problema do Brasil é a desigualdade. Entre pessoas que estiveram tão próximas. </div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-61897620852651993512012-01-26T20:00:00.000-02:002012-01-26T20:00:44.942-02:00Sacolas retornáveis e outros amoresHoje acabei comprando uma sacola retornável. Em muitas cidades os supermercados já não distribuirão mais sacolinhas plásticas. Achei ruim, mas já era hora, afinal, é uma coisa que é feita pra ser jogada fora.<br />
E hoje em dia tudo é assim. Nada é feito para durar. E esta moda de reciclar ou reutilizar está entrando aos poucos na minha vida. Os meus sentimentos bons, meus amores e meu trabalho devem ser como sacolas retornáveis. Quero abrir os olhos para isso. Quero que as pessoas sintam isso também.<br />
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Pra quem coleciona sacolas descartáveis, sinto muito. E pra quem coleciona amores, também.Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-1793974860256615592011-12-30T18:09:00.000-02:002011-12-30T18:12:50.641-02:00Balanço de 2011<div style="text-align: justify;">
O melhor filme que vi este ano: Cisne Negro.</div>
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A música que mais ouvi: Piano in the dark, Brenda Russel.</div>
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O livro que mais me marcou: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, Clarice Lispector.</div>
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Um lugar: Fnac, de Campinas.</div>
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Atividade de lazer: ir ao cinema.</div>
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O melhor feriado: a Páscoa.</div>
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2011 foi um recomeço. Mudei de cidade, de atividade, mas não mudei de sexo, o que ameniza um pouco toda essa loucura. Foi um ano de muitas perdas - sim, estamos ao vivo admitindo que há (também) motivos para não comemorar - e de algumas vitórias tímidas (ok, rendo-me ao clichê de mensagem positiva de fim de ano). Foi ano de fazer ioga e francês. E também o mestrado. Ano para rever todo mundo, de novo, mais uma vez. Ano em que me amei muito. E fui retribuído.</div>
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Ano em que tive uma revelação forte, que mudou a minha vida.</div>
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Um ano em que começou uma saudade que jamais terá fim.</div>
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Uma saudade de você, batchan e, por consequência, uma saudade de mim.</div>
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2011 foi o ano em que me disseram: Persevere!</div>
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E foi o que eu fiz.</div>
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2011 foi um ano que veio para acrescentar e muito na minha história. Honestamente, sem aquela sensibilidade de fim de ano que faz com que ele fique mais importante do que foi de verdade. Estou aprendendendo a liderar a minha vida e a dosar os meus receios - no sentido de que eles devem existir, mas nos momentos certos. Aprendendo a ter segurança e sabedoria. Aprendendo a transmitir isso. Aprendendo que eu sempre posso amar mais do que penso que sou capaz. E se é amor o que eu quero sentir, então que seja amor o que eu sinto. E que esse ato permaneça, ainda que eu sinta saudade ou dor. Estou aprendendo a ser mestre. </div>
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E finalmente reconheço que eu sou um máximo. Porque não posso ser nada diferente daquilo que Deus me prometeu. Já disse isso, mas repito: sou uma sequência aleatória e infinita de prós e contras que, no final das contas, apresenta um saldo positivo. É uma matemática que não se aplica a muitas pessoas, que sempre buscam roubar dos outros a felicidade que lhes falta.</div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2842382000692645367.post-68919856909752109922011-12-25T01:41:00.000-02:002012-01-29T16:30:47.684-02:00Aos trancos e barrancos, chegamos no Natal<div style="text-align: justify;">
Bom, faz tempo que tento escrever esse texto. Eu preciso pedir perdão pra moça do ônibus, coisa muito grave. Não posso deixar que o meu preconceito seja maior que o meu amor pelo próximo. Não posso ser injusto e perder a dignidade. </div>
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O fato é que uma moça carente sentou-se ao meu lado nessa última viagem, devia ter 15 anos, e tinha um filho. Eu confesso que pensei muitas coisas. E fiz julgamentos ruins. Viajamos por 4 horas juntos. Quero então que neste Natal ela tenha a sua vida iluminada e possa ser feliz para sempre. O seu bebê era tão lindo! E guardo em meu coração a sua humildade e fascínio por tudo que via. </div>
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Na verdade, a moça e o bebê viajavam com mais pessoas - não sei se eram familiares ou amigos da igreja - e eu acabei trocando de lugar com uma de suas amigas, um pouco mais jovem, para que elas fossem juntas. E elas aproveitaram muito a viagem, comeram salgadinhos, bolachas, tomaram suco e - digo por instinto - era algo que elas só faziam em situações especiais. Elas conversavam alto, jogavam lixo no chão... enfim, a postura deixou a desejar. Ouvi música altíssima com meus fones para não escutá-las. Só que em um certo momento a bateria do meu celular acabou e então não teve jeito: passei a ouvir o que elas falavam. </div>
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Eram diálogos infantis, nada muito relevante. E num determinado momento, a menina mais nova comentou que uma outra pessoa que viajava com eles tinha 7 reais para gastar durante a viagem e que na volta ganharia mais 4. Eles eram pessoas muito simples e naquele momento eu não soube lidar, emocionalmente, com aquilo. Não me senti solidário, fiquei foi é com raiva por ter que ouvir aquela conversa toda e ver o piso tão sujo. </div>
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Depois que eu desembarquei e o cansaço passou (afinal, são 23 horas de estrada) eu me senti tão triste e arrependido. Arrependido por mal responder as perguntas da moça, que foi muito simpática comigo e por ser preconceituoso devido a sua condição social. Não fui uma boa pessoa. Na verdade, eu mal posso fazer julgamentos - sou todo errado e diferente.
Então neste Natal eu desejo amar ao próximo como eu me amo. Afinal, isso já foi determinado há muito, muito tempo. </div>
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Feliz Natal! </div>Thiagohttp://www.blogger.com/profile/11859321920956071559noreply@blogger.com2