- E esse café com gosto de câncer? Colocou adoçante nessa porra?
Ao terminar de dizer essas palavras ásperas, o café desceu pelo ralo despedindo-se da superfície natural dos problemas daquele inexperiente casal.
- Eu não tive tempo de ir ao supermercado. E essa porra eu comprei com o meu dinheiro. Seu salário ainda está atrasado?
Soou com falsidade. O amor estava atrasado. O dinheiro ele gastava com outra. Ou outro. Singular. Plural.
- Essa chuva não pára. Eu tenho algum dinheiro no banco. Mas acho que devemos economizar.
Camuflou a resposta com a meteorologia. A chuva já havia parado.
- Quantos anos ela tem?
Ela esperava que ele fosse mudar novamente de assunto.
- Vinte e sete.
Ele sabia que era isso que ela não queria ouvir. Então falou. Estava rindo por dentro. Mas estava em pedaços também.
- É velha. Impossível ser bonita.
Sabia que estava sendo ignorante. Ela mesmo já tinha vinte e nove.
- É mesmo.
Não era. Ele disse isso apenas para deixá-la desconfortável por concordar com a sua estupidez.
- Como ela é? Tem o corpo bonito?
Não teve coragem de falar de sentimentos.
- Ela é carinhosa.
Ele falou com uma sensibilidade até então desconhecida. Para os dois.
- Ela tem coragem de... você sabe, eu sempre achei nojento...
Ficou com vergonha por ter perguntado, mas estava curiosa.
- Eu acho que ela é menos safada que você. Mas ela tem coragem.
Ficou desconsertado, parecia mentira tudo aquilo.
- Eu não tenho um amante. Acha que devemos nos separar agora?
Ela sabia que ele não a deixaria partir.
- Acho que você deveria procurar um cara também. Se você não confundir as coisas, pode ajudar muito a salvar o nosso casamento.
Os olhos pensativos dela fez com que ele sentisse ciúme. Jurava que ela negaria de imediato a proposta.
(...)
- Essa chuva não pára. Eu tenho algum dinheiro no banco. Mas acho que devemos economizar.
Camuflou a resposta com a meteorologia. A chuva já havia parado.
- Quantos anos ela tem?
Ela esperava que ele fosse mudar novamente de assunto.
- Vinte e sete.
Ele sabia que era isso que ela não queria ouvir. Então falou. Estava rindo por dentro. Mas estava em pedaços também.
- É velha. Impossível ser bonita.
Sabia que estava sendo ignorante. Ela mesmo já tinha vinte e nove.
- É mesmo.
Não era. Ele disse isso apenas para deixá-la desconfortável por concordar com a sua estupidez.
- Como ela é? Tem o corpo bonito?
Não teve coragem de falar de sentimentos.
- Ela é carinhosa.
Ele falou com uma sensibilidade até então desconhecida. Para os dois.
- Ela tem coragem de... você sabe, eu sempre achei nojento...
Ficou com vergonha por ter perguntado, mas estava curiosa.
- Eu acho que ela é menos safada que você. Mas ela tem coragem.
Ficou desconsertado, parecia mentira tudo aquilo.
- Eu não tenho um amante. Acha que devemos nos separar agora?
Ela sabia que ele não a deixaria partir.
- Acho que você deveria procurar um cara também. Se você não confundir as coisas, pode ajudar muito a salvar o nosso casamento.
Os olhos pensativos dela fez com que ele sentisse ciúme. Jurava que ela negaria de imediato a proposta.
(...)
2 comentários:
Hoje aqui amanha nao se sabe!
Incrivelmente perfeito...
Mas faz pensar me que as vezes nos fazemos perguntas tao estupidas qnto suas respostas..nao é mesmo?
bjukas ^^
Mdb
Que estranho que é a vida a dois... Tenho medo disso.
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