O conceito de amor, como um todo, não pode ser escrito.
O sentimento não pode ser convertido totalmente em palavra.
Mas, uma parte do conceito sempre pode ser expressa, ainda que as falhas sejam inevitáveis.
Amar é deixar o egoísmo na porta, junto com os calçados imundos, antes de invadir a casa.
É deixar de ser inteiro. E passar a ser metade.
Por ser assim, amor não combina com liberdade.
Basicamente, viver é fazer escolhas.
O que, de fato, não é fácil.
O silêncio dos traídos, o canto dos saciados.
Tudo, então, é amor. É sintoma de amor.
E eu, que pensava que não amava, me vejo tomado por você.
Eu compartilho o abstrato, o concreto, o meu medo,
o meu corpo imerso em desejo.
Eu compartilho aquilo que vejo.
Eu não alimento as tuas feras
para que enfim possa ser devorado por elas.
Eu te amo.
Por vezes calado.
Mas sempre te amo.
5 comentários:
Lindo, lindo, lindo! Parabéns. E obrigada pela visita. Boa semana.
E então é aqui que se encontra o conceito das coisas, os nomes? rss
Bom mesmo contar com seus comentários sempre tão queridos, mas a sua presença lá é mais querida ainda, mesmo em silêncio, mesmo imperceptível. Bem vindo de volta lá e aqui.Bju
ao expor através dos textos o resquício do que é acreditar ser alguma coisa, ser o sentimento, o habilidoso escritor nos permite tomá-lo.
tomar algo pra si é encarnar como seu.
precisava ouvir isto de alguém.
pronto. não preciso mais.
já encontrei nestas linhas, que agora comigo não são mais solitárias, o que há muito procurava.
obrigado senhor eu-lírico, pela expressão do amor.
vocês me realizam.
isso me faz bem, mais feliz.
muito obrigado!
sem vocês essas idéias nunca floresceriam.
Nossa, foi a melhor definição de amor que já li!
Postar um comentário