Odeio esta situação. Ela me deixa faminto. Mas enquanto o meu metabolismo estiver com tudo eu vou mais é aproveitar. Eu queria mesmo era ter um controle remoto para a minha vida. Resolver tudo apertando um botão. Pra desligar às vezes, deixar no mudo, trocar de canal, programar o sleep. Não, eu não quero um controle remoto sobre a minha vida. Eu quero é controlar a vida dos outros. Por que os outros é que são um saco. Eu não. Poxa, eu sou bacana. Eu odeio amar as minhas qualidades-defeito. Você deve ter uma também. E deve amar odiá-las ao mesmo tempo em que escrevo tudo isso. Como uma característica tão boa pode ser às vezes um mal. Será que é a dose?
Vamos a origem. Hoje eu recebi uma crítica. Nem construtiva nem coisa nenhuma. Uma crítica para preencher a conversa de uma pessoa. Só era este o objetivo. E eu, indefeso e ingênuo, retruquei. Sim, porque eu sou uma fera mansa. Mas não pude me controlar e tive pouco tempo para pensar. Sabe quando a pessoa te fala algo estúpido e fica esperando você responder com velhas desculpinhas. Peço perdão, mas eu não sou assim. Eu desço o cacete mesmo. Ainda mais quando eu percebo o tom de maldade que o outro carrega. E é essa a minha qualidade-defeito: eu interpreto tudo muito bem e muito rápido. Ao ouvir uma ironia medíocre, não espere que eu processe tudo e só responda no outro dia. Eu falo na hora, emendo o diálogo. Porque eu posso até permitir que me critiquem por me acharem pouco dedicado, ou que ando muito cansado ou, ainda, desatencioso. Mas eu não admito que me deixem triste. Que coloquem nas minhas costas mais um peso pra eu carregar. Eu não. Eu sei quem eu sou e adoro me conhecer. Já fiz tantas promessas pra mim mesmo e não cumpri que me acho um idiota por trair aquele que mais amo. Eu mereço a minha defesa. Até porque eu moro sozinho, tenho que segurar as pontas por aqui, tenho que ser dono do meu nariz, faço café, vou à feira. Se eu não me cuidar, o que é que eu viro? É uma pena só eu saber das minhas intenções; não é porque o inferno está cheio delas que no céu você não vai encontrá-las, não é mesmo?
Mas voltando à questão: talvez eu tenha criado uma boa oportunidade de ser eu mesmo em uma hora péssima. Vai entender esse relógio do acaso. Mas gente, não dá mais pra tentar conter as dores de todo mundo.
Odeio quando sou sincero. Fiquei pensando nisso o dia todo. E olha que eu tinha tanta coisa importante pra fazer. É ruim fazer o que é certo no momento e, passado o tal momento, o certo muda de lado. Enfim, as pessoas podem achar que eu sou um alvo fácil. Desses que você pode falar o que bem quer que nunca vai ter uma resposta de volta. Só que eu não posso negar quem eu sou. E, meu amor, nesse jogo eu sou uma flecha. Com fogo.
Vamos a origem. Hoje eu recebi uma crítica. Nem construtiva nem coisa nenhuma. Uma crítica para preencher a conversa de uma pessoa. Só era este o objetivo. E eu, indefeso e ingênuo, retruquei. Sim, porque eu sou uma fera mansa. Mas não pude me controlar e tive pouco tempo para pensar. Sabe quando a pessoa te fala algo estúpido e fica esperando você responder com velhas desculpinhas. Peço perdão, mas eu não sou assim. Eu desço o cacete mesmo. Ainda mais quando eu percebo o tom de maldade que o outro carrega. E é essa a minha qualidade-defeito: eu interpreto tudo muito bem e muito rápido. Ao ouvir uma ironia medíocre, não espere que eu processe tudo e só responda no outro dia. Eu falo na hora, emendo o diálogo. Porque eu posso até permitir que me critiquem por me acharem pouco dedicado, ou que ando muito cansado ou, ainda, desatencioso. Mas eu não admito que me deixem triste. Que coloquem nas minhas costas mais um peso pra eu carregar. Eu não. Eu sei quem eu sou e adoro me conhecer. Já fiz tantas promessas pra mim mesmo e não cumpri que me acho um idiota por trair aquele que mais amo. Eu mereço a minha defesa. Até porque eu moro sozinho, tenho que segurar as pontas por aqui, tenho que ser dono do meu nariz, faço café, vou à feira. Se eu não me cuidar, o que é que eu viro? É uma pena só eu saber das minhas intenções; não é porque o inferno está cheio delas que no céu você não vai encontrá-las, não é mesmo?
Mas voltando à questão: talvez eu tenha criado uma boa oportunidade de ser eu mesmo em uma hora péssima. Vai entender esse relógio do acaso. Mas gente, não dá mais pra tentar conter as dores de todo mundo.
Odeio quando sou sincero. Fiquei pensando nisso o dia todo. E olha que eu tinha tanta coisa importante pra fazer. É ruim fazer o que é certo no momento e, passado o tal momento, o certo muda de lado. Enfim, as pessoas podem achar que eu sou um alvo fácil. Desses que você pode falar o que bem quer que nunca vai ter uma resposta de volta. Só que eu não posso negar quem eu sou. E, meu amor, nesse jogo eu sou uma flecha. Com fogo.
Escrito em 26/04/2010
Um comentário:
O meu problema, quando preciso "me defender" é que fico nervoso na hora. Tenho que aprender a lidar melhor com essas situações. Mas um dia a gente aprende.
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