Tem dias que a gente está meio assim: sei lá.
E nesses dias eu fico me perguntando para onde tudo o que eu vivo vai me levar.
Eu achava que era medo. Mas no fundo é ansiedade pelo futuro.
Talvez porque o tempo presente às vezes é um presente de grego.
Você é grato, coisa e tal por estar vivo, mas no fundo sabe que a rotina está te matando.
E não adianta usar aquela teoria de liberar geral, de jogar tudo pro alto... até porque você nem tem o que jogar. E eu sou dependente dessa monogamia social. Me sinto culpado às vezes por estar ouvindo música ou lendo ou, ainda, escrevendo, quando na verdade deveria estar pensando em construir um futuro - futuro, que eu digo, é aquele em que me vejo pagando as minhas contas. Porque tudo o que eu faço dá futuro, mas posso passar muita fome quando ele chegar. Então tenho que escolher bem. Ainda mais guloso do jeito que sou.
Mas é uma pena. Às vezes a gente quer dançar loucamente mas a balada nem começou ainda. E a gente espera pra ver se alguém abre mão do correto e diz que também quer sair pra curtir aquilo que está do lado de fora. Só que é tão difícil ceder, ser o rebelde, levar pro mal caminho.
Eu me imagino naqueles escritórios, que na verdade são compartimentos de cobaias em que existem várias mesas e várias pessoas em seus computadores - tudo isso em uma única sala - e eu falo baixinho pro cara do lado: Ei, vamos sair? E ele se assusta, pergunta se é brincadeira, fica receoso, pensa com os olhinhos mexendo e diz: Vamos, mas você não pode voltar atrás - posso chamar a Raquel? E chama. Ela reage e aceita. A Raquel chama o Fábio. O Fábio chama o Ricardo. O Ricardo chama a Paula. A gente faz um complô. A gente combina. Todo mundo abaixa e sai engatinhando. Atravessa a porta. Pega o elevador. Com capacidade para 10 pessoas. Nós estamos em 12, 13, 14... Cada vez mais gente. Todo mundo escapando.
E por ai vai. Até que um dia só o chefe vai estar na sala. Dai ele pega o mesmo elevador, com capacidade pra 10 pessoas. Mas de tão gasto das viagens com 12, 13, 14... pessoas, o elevador cai.
E a gente vê mesmo que a vida é do lado de fora.
E nesses dias eu fico me perguntando para onde tudo o que eu vivo vai me levar.
Eu achava que era medo. Mas no fundo é ansiedade pelo futuro.
Talvez porque o tempo presente às vezes é um presente de grego.
Você é grato, coisa e tal por estar vivo, mas no fundo sabe que a rotina está te matando.
E não adianta usar aquela teoria de liberar geral, de jogar tudo pro alto... até porque você nem tem o que jogar. E eu sou dependente dessa monogamia social. Me sinto culpado às vezes por estar ouvindo música ou lendo ou, ainda, escrevendo, quando na verdade deveria estar pensando em construir um futuro - futuro, que eu digo, é aquele em que me vejo pagando as minhas contas. Porque tudo o que eu faço dá futuro, mas posso passar muita fome quando ele chegar. Então tenho que escolher bem. Ainda mais guloso do jeito que sou.
Mas é uma pena. Às vezes a gente quer dançar loucamente mas a balada nem começou ainda. E a gente espera pra ver se alguém abre mão do correto e diz que também quer sair pra curtir aquilo que está do lado de fora. Só que é tão difícil ceder, ser o rebelde, levar pro mal caminho.
Eu me imagino naqueles escritórios, que na verdade são compartimentos de cobaias em que existem várias mesas e várias pessoas em seus computadores - tudo isso em uma única sala - e eu falo baixinho pro cara do lado: Ei, vamos sair? E ele se assusta, pergunta se é brincadeira, fica receoso, pensa com os olhinhos mexendo e diz: Vamos, mas você não pode voltar atrás - posso chamar a Raquel? E chama. Ela reage e aceita. A Raquel chama o Fábio. O Fábio chama o Ricardo. O Ricardo chama a Paula. A gente faz um complô. A gente combina. Todo mundo abaixa e sai engatinhando. Atravessa a porta. Pega o elevador. Com capacidade para 10 pessoas. Nós estamos em 12, 13, 14... Cada vez mais gente. Todo mundo escapando.
E por ai vai. Até que um dia só o chefe vai estar na sala. Dai ele pega o mesmo elevador, com capacidade pra 10 pessoas. Mas de tão gasto das viagens com 12, 13, 14... pessoas, o elevador cai.
E a gente vê mesmo que a vida é do lado de fora.
3 comentários:
Têm os que gostam da rotina, de ficar nesse escritório aí. Mas sempre dá aquela vontade de jogar tudo pro ar mesmo. O que a gente tem que buscar de coração é fazer aquilo que nos dá prazer. O futuro que vai nos dar mais felicidade. A vida é feita de escolhas, e destino. E tempo nunca se perde. Agora, tem como aproveitá-lo mais e melhor.
Cara, estou numa fase bem parecida com a sua... E não me sinto confortável nela =(
sei...
oque vc queria msmo era matar o chefe!
=PPP
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