Eu não vou mais me perder nas minhas mentiras.
Eu tentei ser tão fiel a coisas que eu não acredito e já nem sei mais o que realmente quero.
Serei confiante!
E vou apenas vencer.
Porque não imagino nada diferente disso.
Amanhã termino as disciplinas do mestrado. Depois é um ano de pesquisa e escrita.
Estou muito feliz!
A minha professora, na nossa confraternização adiantada de fim de ano, disse que se orgulha não só do grupo, mas de cada um de nós.
Individualmente, por saber que cada um teve a sua dificuldade.
Achei isso muito especial.
E por incrível que pareça, essa experiência tem sido mais árdua do que eu pensava.
Emocionalmente.
Por eu duvidar se é isso que eu quero, se estou fazendo algo bem feito.
Por ter apostado alto.
Mas isso faz parte de qualquer pacote.
O que eu acho mais engraçado na minha vida é que ela tem uma monotonia e um dinamismo que ficam brigando pra ver quem me mata primeiro.
Estou na mesma atividade há 6 anos, só que é tudo diferente e eu também mudei. As disciplinas acabam e voltam e eu sempre ansioso
e contente
e exigente
e relaxado.
É um prazer mortal.
Viver é morrer um pouco a cada dia
e ressuscitar
e insistir
e abrir mão
e no dia que o balanço não fechar,
é só selar o caixão.
Preciso viajar e andar de bicicleta.
Um comentário:
Eu sei como é isso, se sei. E ontem eu estava a ler "Cartas a um jovem poeta", e os textos falam disso, dessa nova busca desenfreada por respostas, e o conselho do autor é ter paciência, "curtir" as perguntas, antes de encontrar todas as respostas. Acho que tem a ver com nossa mania de querer ter o controle das coisas, aí a vida faz questão de mostrar o grande poder que há por trás de tudo e que nem sempre as coisas caminham nas rédias da nossa vontade.
Na oração do desânimo, que tem numa bíblia aqui em casa, fala assim: "Não compreendo teus planos, mas tu conheces o meu caminho."
E o Rilke fala que tudo que é sério na vida não é fácil. E tudo é sério.
Enfim, paciência, fé e coragem!
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