
Nos olhares anteriores, você era menina, amiga, namorada. Mas ali deitada, te via como mulher. Era a forma de sorrir com o olhar, de insinuar. Você simulava. Eu dissimulava. Avesso. O sentimento era o inverso do corpo e naquele momento você era única. Nada mais cabia no meu mundo. O resto era esquecimento. Eu riscava o fósforo para ter a vela acesa e sob a luz difusa eu não via as tuas imperfeições. A minha totalidade, naquele instante, podia ser resumida em um corpo. Era luxúria. Que fosse pecado então! O perdão era dispensável enquanto você me tocava. E a canção vestia a nossa cena, trilhava os nossos gestos. O barulho dos carros lá fora complementavam as cordas da guitarra e eu estava embriagado por você. Você era um vício que me mataria um dia e eu sabia. Logo eu, que sempre evitei café e cigarros. E me aparece você, disposta a me entorpecer. Quando você não está por perto, o cheiro que me vem é o do teu perfume, o som que ecoa é a tua voz cantando um rock desafinado, o gosto que perdura é o dos teus lábios. E eu fico pedindo para que você venha e me liberte da tua ausência. Você vem, e eu fico pedindo para que você me liberte do medo de te ver partir. Eu sou teu prisioneiro e a chave das minhas algemas você jogou no mar. Eu nunca serei marinheiro. Eu nunca irei procurar.
O Horizonte Anuncia Com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite
Por que Está Amanhecendo?
Peço o contrário: ver o sol se pôr
Por que está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios
Quando você se for
4 comentários:
Olha Thiago, você está demais. Nando Reis está te inspirando bastante heim? Estou amando seus textos, bem diferentes.
Abraço perfumado
Lindo, delicado e sexy!
;)
Lindos!
Você se tornou meu fã com essa postagem!
;]
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