terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rave

Num dia de muito agito, para minha surpresa, encontrei Kari na balada.

Cumprimentos na rave


Dançando muito na rave:


Exausto na rave:


Caindo fora da rave:


Marcando um outro dia pra rave:

Beijos, me liga ;*

domingo, 20 de setembro de 2009

Análise, Simulação e Controle

É gostoso escrever com música. Parece que durante a noite ela fica ainda mais alta. Não precisa dividir espaço com o som dos automóveis e dos móveis imóveis sobre o assoalho exausto do meu quarto empoeirado.

"No corcovado quem abre os braços, sou eu
Copacabana esta semana, o mar, sou eu
e as borboletas do que fui pousam demais
por entre as flores do asfalto em que tu vais..."

Logo eu, que nunca fui ao Rio, acredita? Eu que não sou personagem de novelas no Leblon, que não tenho relações extraconjugais, que não me chamo Helena e nem gostaria. Aliás, a minha TV é de 20 polegadas que enquadram a falta de identidade com a imagem projetada em movimento de um mundo distante dentro de cenas que não falam por nós. Por isso idolatro. Fantasio com a reportagem sobre lugares em que não estive, altura que jamais alcancei, buraco que eu nunca cavei. Metrô. Já andei. Já me xingaram na lata iluminada. Achei o máximo porque o filho da puta sou eu, que tenho educação. E é tudo assim e é tudo normal. "E as paralelas dos pneus na água da chuva são duas". E as bicicletas, sem paralelas não indicam solidão. Garupa. Assim como quando me carregavam para chegar até à casa da vó. Pertinho. Do coração. Pra que metrô? Pra que motor? Segurar com as duas mãos. Pra não cair. Mas queria levar um brinquedo. Não tinha cestinha. Não tinha como levar. Tia, eu não consigo segurar no banco. Tinha que abraçar. E a parte ruim era quando tinha que descer da garupa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Suposições

Supostamente
o ouvido estranha
três palavras tão conhecidas
que se transformam em silêncio
homenageando os segundos
em que não te amo

se a vida toda
é pouco tempo
por que um segundo
destrói meu mundo inteiro?

Por ser distraído
saí do seu coração
por apenas um segundo
e deixei a porta aberta

supostamente
um outro alguém
já deve ter entrado

domingo, 13 de setembro de 2009

Sorte e Olhinhos Puxados


O cinema asiático tem se mostrado formidável. O que mais me encanta é a capacidade de se trabalhar com temas extremamente simples de um jeito encantador. Mas não é só isso. Há também o drama forte, o suspense que me faz ofegante e comédias espetaculares. É uma forma de descobrir os sentimentos que movem o outro lado do mundo. Às vezes: estranho. Outras: Identifico. Agradeço que não tenha nascido lá. Lamento por ter nascido aqui. São as faces que revelamos conforme vamos descobrindo as dores e as delícias por não estarmos lá.
Confronto entre a tradição milenar e a modernidade absoluta, a lealdade e a frieza, o raciocínio feroz e a harmonia espiritual. Longe de ser um crítico de cinema, apenas deixo a sugestão para que, sempre que encontrar aqueles olhinhos puxados ilustrando o cartaz de um filme, reserve um espacinho do seu tempo para apreciar boas histórias que podem ensinar muito para a gente (:

E isso tem muito a ver com a mensagem que um biscoito da sorte trouxe para mim. Divido-a com vocês: Atravessar grandes mares traz novos horizontes.
Mar de gente, mar de problemas, mar de coisas para fazer. Mas sempre existe a recompensa e a maior delas é o aprendizado. É a capacidade de mudar, renovar, aceitar. Ver com outros olhos. Ter maturidade para amar. Saber se esquivar da dor e, quando for atingido, saber conviver com ela. Superar. E reconhecer que dentro de você há um coração que pulsa muito por si próprio. E pelos outros também.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Departamento Abstrato de Física: entre o fim e o recomeço

De todos os pesares, fica um legado: a morte de um sentimento confirma a existência da alma. Na fração de segundo que antecede a tristeza, o coração parece comprimir e o corpo se prepara para o movimento de fala, mas não diz. O espaço congela e você toma a decisão de não prosseguir. Tudo estava armado e a centelha propulsora falhou. Os pensamentos, que na verdade são hipóteses do futuro imediato, se cruzam e no tempo microscópico você é irracional. Apenas sente. E tem dificuldades em definir o afeto, conter o ódio. Transparecer lucidez, simular moralidade. Enquanto isso, os sentimentos vão atuando como cargas aleatoriamente energizadas, seguindo a lei da atração dos opostos. Seu corpo se torna um campo de batalhas e após a rendição bastará recolher os destroços e calcular os danos. Os sentimentos extremos neutralizam o espírito e você sente: 78% nitrogênio. E o resto? Atmosfera viva. O coração está pulsando e você não pode negar. Como fugir das sensações que estão dentro de você? Chega a hora de dizer: covarde. E mesmo que ninguém ouça, você está humilhado. Entre os sentimentos velozes você persegue a coragem e se depara com a dignidade. Não pode perdê-la de vista: tenho medo, mas assumo. Como se isso te libertasse da obrigação de ser valente. E a moeda da sinceridade tem duas faces: uma dissimulada e a outra corrupta. E antes que o movimento mínimo do ponteiro do relógio seja confirmado, em você habitam todos os sentimentos do mundo,
em uma fração de segundo.