segunda-feira, 26 de março de 2012

Eu vou estar

Eu vi na tv um filme muito bonito, chamado Meet the Robinsons, e no final aparece uma frase do Walt Disney, que traduzida livremente diz: Aqui, no entanto, nós não olhamos para trás por muito tempo. Nós continuamos seguindo em frente, abrindo novas portas e fazendo coisas novas. Porque somos curiosos… e a curiosidade continua nos conduzindo por novos caminhos. Siga em frente.

Eu simplesmente amo ser dono de algumas lembranças. Sou muito grato por ter vivido certos momentos. Estava conversando com uma amiga hoje e, ao mostrar uma foto de um encontro nosso, só para lembrar a data de quando nos vimos foi um turbilhão de associações: antes de 2009... talvez em 2008... depois da festa da tequila com os amigos da graduação, o que me rendeu um camarote de brinde, porque fui um dos que mais venderam convites.

Pausa: eu fui um dos que mais venderam convites para uma balada? Meu Deus, até isso. E eu nem gosto de balada. Isso poderia ser enquadrado na categoria de milagre, não fosse pela tequila e pela música de gosto duvidoso.

Voltando: tiramos a foto depois da festa da tequila, antes do festival japonês, depois da viagem dela para Salvador, antes do fim do ano, depois do meio do ano... e por aí vai: deve ter sido em outubro de 2008.

E o que foi mais estranho foi pensar que, meu Deus: eu existi. O mundo girou e eu estava lá, provando a gravidade. Não levitei, não fui enterrado. Aproveitei o momento e fui ver outras fotos, outros recados, outras pessoas. Tudo absolutamente especial, da sua maneira. Tudo na memória.

Eu não quero esquecer nunca mais!!!

Mas por outro lado a vida tem exigido que eu prossiga. Que eu liberte o meu coração de correntes antigas. Que eu vença, brilhe, supere. Que eu possa amar de novo, viver tudo de novo. E me libertar de novo. Não posso esquecer o amor que recebi, mas não posso me limitar a ele. Há muito mais esperando por mim. E mais do que isso: no futuro me esperam. Eu preciso chegar forte, determinado e feliz para o encontro comigo mesmo. Tenho que preparar o terreno e seguir pelo rumo certo para que daqui um tempo eu possa ser como eu sempre sonhei. Eu preciso de sonhos pra mim. Go ahead! Preciso perder, ganhar e ganhar. Engordar, emagrecer, emagrecer. Aprender. Sair da inércia. Ensinar pessoas. Aprender mais uma vez. Ser. Lembrar. E não esquecer.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sobre telefones sem fio e redes sociais

Vi hoje no jornal que, mesmo se a populacão de Campinas dobrasse do dia para a noite, ainda assim teríamos mais celulares do que gente aqui na cidade. As pessoas têm celular para quê? Para falar, provavelmente? 

Por que as pessoas não tem celular para ouvir? Algumas os têm para afirmar: olha, posso até falar com você de vez em quando, mas não apareça na minha frente, por favor, não quero te ver.

Eu acho que a sociedade passa por um momento engraçado e triste ao mesmo tempo que é a era da solidão. Só que mais do que isso. É um tempo em que é feio ser sozinho. É anormal, é ridículo, é motivo de pena. Então a exposição, a falta de discrição e a vida superfantástica (amigo que bom estar contigo no nosso balão!) são elementos que não podem faltar nas conversas, nas redes sociais, na ideia que os outros têm da gente.

Eu sou uma pessoa sozinha, às vezes solitária, mas sabe, eu acho isso normal. E dou graças a Deus às vezes. Tenho uma vida que segue uma rotina meio monótona, por vezes crio situações novas, saio um pouco, fico em casa - mas faço o que é necessário e o que me traz conforto, quando possível.

E acho que ao ver o quanto as pessoas falam ao celular por horas e horas e horas ou expõe a todo custo o quanto elas estão se divertindo e rindo e transando e curtindo a vida numa boa eu percebo que sou alguém que preza mais pelo autoconhecimento. O que de fato é uma coisa mesquinha: querer conhecer e gostar mais de si mesmo do que dos outros. E, poxa vida, parece que só eu e mais 3 pessoas pensam assim, em meio a tanta badalação, holofotes e capas de revistas.

Eu queria penetrar na alma de algumas pessoas para saber o que elas realmente fazem para si mesmas. Eu queria penetrar na minha alma para saber a mesma coisa também. No fundo, eu sei. Mas é humilhante você reconhecer que algumas atitudes e decisões foram tomadas apenas para servir ao pensamento dos outros. É surreal. É bizarro, como diria uma juventude que já passou.

E lembra que antigamente telefone sem fio era aquela brincadeira em que todos formavam uma fila e tinham que fazer uma mensagem dita ao pé do ouvido passar de pessoa por pessoa e chegar intacta até o último jogador? Era legal, ficava todo mundo pertinho.

sábado, 3 de março de 2012

Andar

"Life is like riding a bicycle. In order to keep your balance you must keep moving .

Hoje me assustei porque eu sou muito feliz. Um susto, mesmo. Estranho me ver diante do maior amor do mundo. Parece que me deparo com um gigante que poderia me despedaçar e, ao invés disso, ele me estende a mão e me leva às alturas. Coloca-me sobre seus ombros  e me faz ver algo que sozinho eu jamais perceberia. Não me ignora. Apenas me faz companhia.

Essa sensação de estar sendo abraçado eternamente me faz tão... grato.
Quero agradecer pra sempre.