terça-feira, 1 de novembro de 2011

Intrínseco

Hoje eu me amei tanto que até me assustei. E no fundo não importa o que os outros pensam. Mesmo. E eu nunca tinha vivido esse clichê com tanta sinceridade. E toda essa comoção, que eu achava que fosse ódio, no fundo é amor na sua forma mais bruta.
"Que o fracasso me aniquile, eu quero a glória de cair".
Extravasei pelos poros. O que eu faço? Agora sou eu mesmo e não posso negar. Eu me coloquei à prova e, veja bem, eu não perdi. O que não é nenhum mérito. Parece que quanto mais eu aceito a minha imperfeição mais ela é exposta. A dose de permissão é sempre menor que a de exigência. E tenho que conviver com essa vertente do amor-próprio. Dar adeus à inocência.
Meu Deus, e se?
Se fosse diferente, como seria?
Seria a mesma coisa?
E depois de percorrer este caminho que me rasga e me seduz e me faz acreditar demais, aos trapos, eu vou achar a resposta? Porque dói demais essa incerteza. 
Viver é uma fatalidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Tiago, tudo bem...
Bacana seu post.
Em algum momento lembrei-me de Clarice Lispector. Ela diz em "Perto do Coração Selvagem" que a personalidade ignora a si mesma é a que mais se revela.

Abraços.


A Rosa Rocha


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